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Compreenda o importante papel da solidão na adolescência

Numa adolescência saudável o que deve preencher esse vácuo criado é a descoberta do próprio eu. É essa a razão do seu aparecimento. Mas isto implica a vivência de um período em que o púbere se sente separado do resto do mundo e sozinho na sua existência.

 

A adolescência é uma altura de grande solidão. A criança que antes se sentia completa na segurança do amor dos pais, experimenta agora um vazio que não percebe nem consegue erradicar.

A solidão na adolescência é uma experiência natural e essencial no caminho para a idade adulta. Mas numa cultura que promove o positivismo e a felicidade acima de tudo há muito que perdemos essa intuição.

É premente compreender o papel da solidão nesta fase da vida dos nossos filhos se os queremos realmente ajudar a serem adultos felizes e bem resolvidos.

A solidão na adolescência: o nascer de um indivíduo separado

Algo acontece nos adolescentes que leva à sensação de um vazio de vínculos no seu interior. Como que se um buraco negro se formasse dentro deles da noite para o dia. E o preenchimento desse vazio assume uma importância vital para o jovem.

Numa adolescência saudável o que deve preencher esse vácuo criado é a descoberta do próprio eu. É essa a razão do seu aparecimento. Mas isto implica a vivência de um período em que o púbere se sente separado do resto do mundo e sozinho na sua existência.

 

Sente-se inadequado, diferente, essencialmente só. O alarme dispara e a ansiedade domina os dias.

A tentação de resistir a estes sentimentos e preencher o buraco com distrações mundanas é grande. É um período de grande suscetibilidade aos vícios, como o álcool, o tabagismo, os jogos de vídeo ou até as drogas. Tudo para não sentir.

O desafio dos pais é trazer compreensão e aceitação para estes sentimentos, criando para os filhos um espaço seguro onde estas sensações possam existir até que a sua finalidade esteja cumprida.

E é também aqui que outros adultos que queiram bem aos jovens podem e devem assumir um papel essencial, como figuras alternativas de apego e orientação.

 

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