
Uma nova forma de Amamentação chamada Peter Walker
São muitas, quase sem conta, as coisas que eu gostava de ter sabido ou conhecido quando fui mãe. No topo da lista encontra-se o trabalho de Peter Walker.
Todas as grávidas se preocupam com a futura alimentação dos seus filhos. Seja porque reconhecem o valor da amamentação, seja porque elas próprias se debatem com a obesidade, seja porque razão for.
É instintivo desejarmos o melhor para aqueles que amamos. E, como tal, é intuitivo almejarmos oferecer-lhes a melhor alimentação possível.
No presente é com prazer que vejo a amamentação recuperar o seu lugar legítimo como a forma de melhor alimentar os nossos príncipes e princesas, sem sequer concorrente que se lhe chegue aos pés.
Se você, como eu, segue um ou muitos grupos de apoio à amamentação e esforça-se por oferecer o seu ouro líquido aos seus filhos, então permita-me confundi-la com uma nova variável: existe um segundo tipo de amamentação chamado Peter Walker.
Posso estar a criar uma metáfora, mas as minhas bases são bem científicas. Continue a ler se quer perceber melhor e, principalmente, se deseja mesmo oferecer o melhor ao seu bebé ou futuro filho.
Perceba porque o toque amoroso é tão ou mais importante que a amamentação
São muitas, quase sem conta, as coisas que eu gostava de ter sabido ou conhecido quando fui mãe. No topo da lista encontra-se o trabalho de Peter Walker.
Gostava de ter sabido amamentar melhor. Gostava de ter estado emocional saudável quando ela nasceu. Gostava de ter sabido lidar e até ajudar a tratar o trauma da gravidez e nascimento com que ela veio ao mundo.
E nada disto precisava de ter sabido, se apenas tivesse conhecido o trabalho deste homem que hoje tanto admiro e recomendo.
Ainda na gravidez e até bem depois de nascer, a minha filha falhava em crescer. Por muito que eu me empenhasse na sua alimentação ela simplesmente ou não engordava ou não crescia.
Com o tempo fui percebendo o que se passava. Conforme o percebia, escrevia e partilhava.
Mas a última peça do puzzle veio-me através dos cursos de Gordon Neufeld. Com ele percebi o que era o vínculo e qual a sua verdadeira importância na vida de um ser humano.
Com ele aprendi uma das verdades que mais me chocou em toda a vida: a primeira necessidade de qualquer individuo não é comer, beber ou ter abrigo. É o vínculo. É sentir-se amado.
O marasmo é a doença que um dia mais órfãos matou. Crianças cujas necessidades físicas estavam perfeitamente asseguradas, mas sem qualquer toque amoroso. A causa de morte, durante muito tempo desconhecida, tornou-se óbvia após as descobertas de Bowlby: o contacto físico, o toque amoroso, o vínculo ou apego.
Conforme explorava estes princípios deparei-me com as experiências de Harlow realizadas em macacos. Apaixonada pelos animais como sou resisti muito a ver as imagens dos seus estudos. Mas quando finalmente o fiz o mundo caiu aos meus pés.
Os macaquinhos eram criados sem mãe e os substitutos eram simplesmente dois robôs quase inertes: um que fornecia continuamente leite mas absolutamente mais nada e outro que não dava qualquer alimento mas era peludo e aconchegante. Os macaquinhos preferiam sempre o segundo. Quando com fome dirigiam-se ao primeiro e alimentavam-se rapidamente, para logo se irem aconchegar no segundo.
Perante qualquer perigo corriam para o robot peludo e aconchegante. E só na sua ausência apresentavam as clássicas respostas ao stress: atacar, fugir ou paralisar.
Amamentar é importante. Mas há um segundo tipo de amamentação: o toque amoroso, a passagem do nosso amor pelos sentidos aos nossos filhos, principalmente pelo tato.
E isso é muito mais que massajar.
E nisso é perito Peter Walker.
Está grávida ou é recém mamã e quer oferecer o melhor alimento ao seu bebé?
Amamente e conheça o trabalho de Peter Walker!