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A felicidade advém da coragem de ser quem verdadeiramente somos

Termos a coragem de sermos quem verdadeiramente somos é sentido pelo nosso ego como uma ameaça de morte. É o ato mais corajoso que alguma vez realizaremos, pois é igualmente o mais assustador.

 

Aceitarmo-nos tal como somos é, de acordo com inúmeros filósofos e psicólogos passados e contemporâneos, a chave da verdadeira felicidade.

Possuirmos a coragem de ser quem realmente somos em vez de querermos ser alguém diferente é, para Sören Kierkegaard (considerado o primeiro filósofo existencialista), a verdadeira fonte da paz e harmonia interiores e o antídoto do desespero.

Segundo este filósofo, a negação de quem verdadeiramente somos é extremamente dolorosa pois nada é mais desesperante do que passarmos uma vida a evitarmo-nos a nós mesmos. Então porque o fazemos?

Porque ser quem verdadeiramente somos pode ser o ato mais corajoso que alguma vez teremos que realizar.

Porque precisamos de coragem para sermos nós mesmos?

Leslie Potter, uma reconhecida coach de parentalidade americana, baseia o seu trabalho em ajudar os pais e mães a encontrarem-se a si próprios.

Segundo ela, o verdadeiro trabalho de um Pai, e igualmente o mais difícil, é descobrir quem é, sem máscaras nem adereços. Pois só um Pai que conhece e aceita o seu eu profundo é capaz de aceitar, valorizar e amar incondicionalmente a verdadeira natureza de um filho.

Uma criança cujos pais a vejam, amem a aceitem tal como é, será um adulto que dificilmente conhecerá o desespero, pois, de acordo com Kierkegaard, este é o resultado de tentarmos ser diferentes de quem somos, quer o consigamos ou não.

 

Esse eu que não somos nós é uma construção de ego que realizamos bem cedo na nossa vida como estratégia de sobrevivência, num mundo e família que nos quer diferentes, geralmente alegando que para o nosso próprio bem.

Todas as estratégias de sobrevivência que adquirimos ao longo da nossa existência são extremamente difíceis de contrariar, para não dizer impossíveis de aniquilar. Já alguma vez experimentou ver uma cobra e não fugir ou atacar?

Como tal, pararmos de tentar ser quem não somos e aceitarmos o nosso verdadeiro eu exige imensa coragem. Principalmente para aqueles cujos pais os tentaram moldar ao que eles pensavam ser essencial para ser-se feliz e bem-sucedido.

Termos a coragem de sermos quem verdadeiramente somos é sentido pelo nosso ego como uma ameaça de morte. É o ato mais corajoso que alguma vez realizaremos, pois é igualmente o mais assustador.

Mas sermos quem verdadeiramente somos é a maior dádiva que podemos oferecer a nós mesmos e aos nossos filhos. É a dádiva da paz interna, da vida em harmonia e da verdadeira felicidade.

Atrevamo-nos a ser corajosos!

 

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