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Já pensou em que resultado espera obter ao criar o seu filho?

A minha escolha pessoal é criar a minha filha de forma diferente, ousar educar a minha filha de forma diferente do que vejo ou já entranhei da sociedade. Por isso, olho para dentro e escolho educar a partir da minha própria intuição.

 

O que o move na criação do seu filho? Que objetivos de curto e longo prazo comandam as suas ações? Qual o resultado que quer alcançar?

Talvez nunca tenha colocado a si própria estas questões de forma consciente, ou talvez sim, já o haja feito. Independentemente de ser consciente ou inconsciente, a realidade é que todos educamos os nossos filhos com um resultado em mente.

Há quem eduque os filhos para serem membros contributivos da sociedade, ou pelo menos para se integrarem bem nela. Há quem seja mais específico e almeje criar um futuro médico, futebolista, cantor, empreendedor. E há quem simplesmente queira que os filhos sejam felizes, seja qual for a vida que escolham levar.

A maioria de nós apoia-se na sabedoria da nossa cultura para obter os resultados que deseja. Coloca aí toda a sua fé.

Mas já têm olhado para a sociedade atual? Para as taxas elevadíssimas de depressão, para a corrupção ativa e passiva, para os níveis estonteantes de ansiedade, o bullying cada vez mais prevalecente e a crueldade contra animais e imigrantes?

São estes os resultados que eu desejo para a minha filha?

Não.

Mas se eu seguir a sabedoria da cultura e sociedade atuais são estes os resultados que alcançarei!

Então, o que fazer?

A minha escolha: largar mão dos resultados futuros

A minha escolha pessoal é criar a minha filha de forma diferente, ousar educar a minha filha de forma diferente do que vejo ou já entranhei da sociedade.

Por isso, olho para dentro e escolho educar a partir da minha própria intuição.

 

Eu sei que resultados vou obter com esta forma de criar?

Não, de todo.

A única coisa que eu sei de facto é que se eu criar a minha filha no e para o momento presente, eu educo-a com base em amor e apenas amor. Enquanto se a tentar criar para um qualquer resultado, passo a educar com base no medo (do não alcance do dito resultado).

Por isso eu escolho libertar-me de qualquer resultado concreto. Abrir mão de a preparar para um futuro qualquer que eu desconheço e ainda não chegou.

Eu crio a minha filha com fé, fé em que se eu me manter no amor incondicional, que só existe no momento presente, o resultado da minha maternidade será diferente do que eu vejo por todo o lado.

Fé de que será melhor, mais amoroso, mais saudável, mais bem-sucedido. Ainda que eu não tenha qualquer ideia de como isso poderá parecer.

Eu crio a minha filha para o desconhecido. Como tal, eu crio-a com base na fé. Eu educo-a a partir do amor, da intuição e do quer que esteja presente no momento presente.

E largo mão do futuro. Porque o futuro a Deus pertence e pensar nele faz-me perder o canto do meu coração.

 

Texto inspirado num áudio (walkTalk) de Leslie Potter

 

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