
Não sabe como ter uma confiança inabalável? Descubra agora!
Não possuímos confiança em nós. Não acreditamos nas nossas capacidades. Sentimo-nos diferentes e eternamente inferiores. Mas em primeiro lugar é premente colocar a questão: O que é possuir confiança inabalável?
Quase todos gostávamos de ser mais confiantes, seja no amor, no trabalho, na parentalidade ou na vida em geral.
Muitos de nós, para não dizer a maioria, acredita não ser suficientemente bom. Suficientemente bom pai, mãe, filho, filha, marido, esposa, trabalhador, e mil opções no intermédio.
Muitos de nós, para não dizer a maioria, acreditamos possuir um ou mais defeitos de fabrico. E passamos uma vida a organizar os nossos dias de forma a que ninguém descubra os nossos podres, as nossas deficiências de nascença ou posteriormente adquiridas.
Não possuímos confiança em nós. Não acreditamos nas nossas capacidades. Sentimo-nos diferentes e eternamente inferiores.
Como tal, quase todos invejamos os poucos que possuem uma confiança inabalável, almejamos conquistá-la e, inúmeras vezes, desesperamos no caminho.
Contra todas as minhas crenças e espectativas, eu descobri a minha confiança inabalável.
Se também a procura, continue a ler.
Confiança inabalável ou confiança incondicional?
Em primeiro lugar é premente colocar a questão:
O que é possuir confiança inabalável?
A primeira resposta que me vem à mente é simples:
Possuir uma confiança inabalável é acreditar sempre em nós e nas nossas capacidades.
Mas esta afirmação traz-me ainda mais questionamentos:
Possuir confiança inabalável é crer que estou e estarei sempre certo? É ter todas as respostas e saber sempre o que fazer? É nunca errar?!
Não, não me parece que seja este o caminho. Ou, pelo menos, não é esta a confiança inabalável que eu almejo e sinto ter.
Acreditar que estamos sempre certos, que nunca erramos, que somos os detentores de todas as respostas parece-me pretensioso e imaturo. É uma característica dos pré-escolares, dos bulliers ou dos indivíduos narcisistas. E nada disso eu sou mais ou almejo ser.
Então o que é realmente a confiança inabalável? Como é que ela se forma e apresenta num ser humano maduro física, psíquica e emocionalmente?
Para mim a resposta é atualmente muito clara, se bem que só recentemente a tenha descoberto e compreendido realmente:
Possuir confiança inabalável é possuir confiança incondicional.
E o que é confiança incondicional?
Segundo Leslie Potter, a criadora deste termo, possuir confiança incondicional é acreditar que estamos seguros neste momento, neste instante presente. É aceitar que o nosso melhor é suficiente. É crer que aconteça o que acontecer nós seremos capazes de lidar com a situação, mesmo que no momento presente, ou até mesmo no instante em que algo incómodo acontece, não saibamos o que fazer, qual a escolha certa ou que caminho percorrer.
Possuir confiança incondicional é não ter medo do futuro, mesmo sabendo que desgraças irão cruzar-se no nosso caminho.
Possuir confiança incondicional em nós mesmos é saber que vamos errar, porque errar é humano e inevitável. E saber igualmente que o erro nos trará novos conhecimentos, respostas, experiências e aprendizagens.
Possuir confiança incondicional é acreditar que a vida é um passeio de bicicleta e que por muitas vezes que caia, serei sempre capaz de me levantar e voltar a pedalar.
Como tal, possuir confiança incondicional, ou, come geralmente se designa, confiança inabalável, é sentir, a um nível visceral, que enquanto vivermos seremos capazes de o fazer plenamente, aconteça o que acontecer no nosso caminho e envelhecimento.
Confusos? Compreendo bem! Se bem que agora seja bem claro para mim o que é sentir confiança incondicional (inabalável) e os maravilhosos dons do seu poder, também eu me senti bem confusa durante muito tempo.
A confiança incondicional não é algo que se descubra a nível racional. Enquanto só possuímos o seu conceito e o tentamos perceber, a confusão vai prevalecer.
A confiança incondicional é algo que tem que vir de dentro, do nosso ser visceral, do nosso cérebro emocional, do domínio do sistema límbico.
Alguns, a minoria, tiveram pais ou outros vínculos que promoveram o seu aparecimento e desenvolvimento precoce.
Outros, como eu, por predisposição genética, herança geracional ou simples influência ambiental, tiveram que a descobrir a duras penas, por opção derivada do desespero e/ou motivação maternal (a mais poderosa de todas).
Antes acreditava que os primeiros eram os sortudos e, os segundos, vítimas vitoriosas de uma sociedade e cultura doentes.
Hoje acredito que sou igualmente afortunada.
Na vida, não é o que nos aconteceu que nos define, mas sim quem escolhemos ser e o que decidimos fazer com as nossas experiencias passadas. Esta liberdade de escolha é a fonte da confiança incondicional ou inabalável no nosso próprio ser.