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A verdadeira felicidade e a importância de ser quem verdadeiramente somos

 

Todos nós em alguma fase da vida já nos perguntamos “quem sou eu?”. A busca de saber quem somos e qual o nosso propósito na vida assola-nos a todos, muito particularmente na fase da adolescência ou na crise da meia-idade (considerada por muitos especialistas da mente como uma segunda adolescência).

Existirá alguém melhor que um adolescente para nos falar da coragem necessária para sermos nós próprios? Talvez apenas os púberes de segundas núpcias.

Eu certamente que conheço bem a ousadia requerida para ser quem verdadeiramente sou. E você? Alguma vez se sentiu uma fraude perante as expetativas da sociedade e cultura a que pertence, da sua família e até de si próprio?

Alguma vez se perguntou “mas quem é que afinal sou eu e o que faço neste mundo?”

Então continue a ler e perceba a importância de ser quem verdadeiramente é para a sua felicidade.

Ser quem verdadeiramente somos é o segredo da verdadeira felicidade

A pergunta “quem sou?” tem sido objeto de análise de estudiosos de diversas áreas desde o tempo dos antigos gregos. Sócrates considerava que a razão da existência da filosofia era a felicidade do individuo, atingida apenas através da análise e questionamento de si próprio. Daí a sua célebre afirmação: “uma vida sem exame não merece ser vivida”.

Soron Kierkegaard, conhecido como o pai da filosofia existencialista, apresenta-nos a fonte do desespero como sendo a vontade de querermos ser algo diferente de quem somos, quer o consigamos ou não.

Quando falhamos a obtenção de um desejo, como uma promoção ou a manutenção de um casamento, o desespero que sentimos nada tem a ver com o objetivo em si mas sim com a perceção de não sermos a pessoa que desejávamos ser.

 

O que é intolerável é aceitar que não fomos capazes de modificar o nosso eu e sermos quem queriamos ser, e não a perda do objeto propriamente dito (promoção ou casamento).

Mas Kierkegaard vai ainda mais longe, defendendo que mesmo quando conseguimos modificar-nos a nós próprios com sucesso e assim atingirmos os nossos objetivos, o desespero existe na mesma, resultante de um abandono do verdadeiro eu.

Se pensarmos bem, quantas pessoas já conhecemos nós que cometerem suicídio bem no apogeu das suas vidas?

Para este filósofo, a paz e a harmonia interior só são passiveis de ser encontradas e sentidas quando nos focamos no valor de sermos quem realmente somos em vez de queremos ser alguém diferente.

O que para muitos de nós requer uma coragem extrema.

Atrever-se a ser quem realmente é pode ser o ato mais ousado que alguém realiza em toda a sua vida. Para mim seguramente que é.

Mas é também a chave da verdadeira felicidade.

 

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