
A culpa é da escola! Será esta uma verdade? Leia a minha reflexão!
Tudo vale a pena quando os adultos se atrevem a crescer juntos, com valores, pelo bem mais alto que são as nossas crianças.
Como Pais todos queremos o melhor para os nossos filhos.
Com esse desejo em mente é fácil culpar os outros quando sentimos que algo falha. Culpar a escola, os professores, as auxiliares são um exemplo típico.
Como solução procura-se a escola perfeita, muitas vezes tão idealista como dispendiosa, ou tenta-se mudar quem cuida diariamente daqueles que tanto amamos, partindo do princípio que eles não dão tudo o que têm e mais algum pelos filhos que nem são deles, partindo do princípio que eles não querem saber das crianças que aprendem a amar.
Porque acreditamos nisso? Porque é esse o nosso primeiro pensamento, o nosso ponto de partida?
Talvez porque é mais fácil julgar do que olhar para dentro e perceber que também nós, mães e pais, nos sentimos perdidos na educação dos nossos filhos e desejamos desesperadamente que alguém nos ajude, oriente, apoie na tarefa mais importante da vida de um ser humano: criar um filho.
Perceba o que pode fazer quando lhe apetece gritar: A culpa é da escola!
Então porque não trabalhar em conjunto?
Porque trabalhar em conjunto é deixar o ego em casa e desejar ardentemente que aqueles com que queremos colaborar façam o mesmo.
Trabalhar em conjunto implica abraçar toda a nossa vulnerabilidade ao perceber que podemos estar errados, implica respeitar para ser respeitados.
E, acima de tudo, envolve trabalho duro, horas, dias de trabalho e/ou descanso perdidos, a separar roupas para uma feira de roupa usada, por exemplo.
Mas tudo vale a pena quando criamos uma comunidade para os nossos filhos. Tudo vale a pena quando a escola começa a ser uma extensão da família, em vez de um simples lugar de aprendizagem e brincadeira com os amigos.
Tudo vale a pena quando os adultos se atrevem a crescer juntos, com valores, pelo bem mais alto que são as nossas crianças.
É com orgulho, humildade e extrema gratidão que sinto que encontrei uma escola assim para a minha filha. E acredito que muitas outras existem por este mundo fora.
A vocês, pais e mães como eu, convido-vos a experimentarem o caminho menos percorrido: acreditar que todos na escola dos vossos filhos têm as melhores intenções e dão o que têm e não têm por eles e criar um contexto para colaborar com eles.
Podem sempre começar pela Associação de Pais, como eu o fiz. E, tal como eu, descobrir como pais, professores e auxiliares juntos conseguem muito mais do que a soma das partes separadas!